Eu odiava livros até resolver escrever um, aos 15 anos. Não me lembro bem sobre o que era, mas tinha perto de 40 páginas, que se perderam em algum HD. O tempo fez o seu trabalho e cuidou de censurá-las, para o bem de leitores acidentais.
Muito RPG, livros e contos impublicáveis se seguiram, até eu começar a escrever blogs e fanfics, numa época em que as pessoas ainda liam na internet.
Trabalhei em mais coisas do que gostaria de lembrar, mas em comum a todas elas, escrevi. Foram 15 anos de teimosia, até me descobrir na ficção científica, publicando o meu primeiro livro em 2015.
A Procura de Vida Inteligente é um livro nonsense, que discute a realidade e brinca com o universo, trazendo debates suavemente distribuídos em sátiras ácidas e piadas infames.
Em 2018 eu morei em Portugal, experiência fascinante que rendeu meu segundo livro. Feijoada de Bacalhau é um relato bem-humorado e cheio de reflexões que vão além do dia a dia de um país orgulhoso de seus pastéis, apresentando trejeitos e até debatendo política.
Em finais de 2019 publiquei minha segunda ficção científica, Epílogo. Deixando um pouco de lado o humor e a escrita descontraída, Epílogo é uma história sobre sobrevivência e o que nos torna humanos.
Finalmente em 2020 publiquei junto com a minha irmã o nosso primeiro livro infantil, O Sabiá e os Pássaros de Fogo, que pode ser baixado gratuitamente.
A autopublicação é uma ferramenta fantástica para autores de nichos, que raramente caem no gosto das editoras nacionais. Através dela, descubro meus leitores e o que mais tenho para contar.
Isso, é claro, antes que o sistema seja desligado.
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Entrevista para Gabriela Brumatti do Terra da Gente